Com a crescente preocupação ambiental e a busca por soluções mais sustentáveis, os carros híbridos têm ganhado destaque no mercado automotivo, incluindo o brasileiro.
Esses veículos combinam um motor a combustão interna com um motor elétrico, proporcionando uma alternativa mais eficiente e ecologicamente correta em relação aos veículos tradicionais movidos apenas a gasolina, etanol ou diesel.
Diversas montadoras têm desenvolvido soluções acerca dos híbridos. Por exemplo, a Toyota já trabalha com novas versões que devem ser lançadas no próximo biênio (2024-2025).
De toda forma, antes de tomar a decisão de adquirir um carro híbrido, é importante considerar diversos fatores para determinar se essa escolha é realmente vantajosa.
Carros híbridos são todos iguais?
Entre as montadoras, o princípio da hibridização é o mesmo: equipar o veículo com uma unidade a bateria e outra a gasolina.
No entanto, cada marca aplica a tecnologia à sua maneira, havendo portanto diferenças notáveis. Por exemplo, o motor elétrico pode ser acionado apenas em baixa velocidade e ser desativado apenas quando uma certa velocidade for atingida pelo motorista.
Em outros casos, outras montadoras tiram proveito da potência extra para auxiliar na aceleração (no caso de modelos esportivos).
Vantagens
O primeiro motivo é ecológico: com o motor elétrico, a emissão de gases poluentes é reduzida substancialmente.
Além disso, o propulsor a bateria não emite ruídos quando ativa, contribuindo para a diminuição da poluição sonora nas ruas. Ao contrário de carros mais avançados (movidos a hidrogênio ou 100% elétricos), há uma gama considerável de modelos no mercado.
De acordo com o último levantamento realizado pela Revista Quatro Rodas, os mais vendidos do Brasil são:
- Toyota Prius (R$ 190.190);
- Toyota Corolla Altis Hybrid (R$ 154.890);
- Toyota Corolla Cross XRV Hybrid (R$ 177.290);
- Lexus UX Luxury 250h (R$ 259.990);
- Volvo XC40 T5 Momentum (R$ 269.950);
- Honda Accord Hybrid (R$ 299.990);
- BMW 330e (R$ 372.950).
Um ponto interessante dessa tecnologia é a capacidade de recuperar a carga da bateria em movimento aproveitando a energia dos freios, recurso criado e aplicado primeiramente na Fórmula 1, que desde 2014 adota motores híbridos.
No Brasil, os proprietários de carros híbridos conseguem obter incentivos do governo na compra e descontos no pagamento de impostos – como é o caso do estado de São Paulo, onde os motoristas ganham até 50% de abatimento no IPVA anual.
A autonomia é outra grande vantagem à parte: eficiente e facilmente recarregável.
Desvantagens
Ao passo que a emissão de gases poluentes é drasticamente reduzida, os carros híbridos ainda assim geram impactos no meio ambiente, dado que alguns componentes usados para fabricar um sistema híbrido são elementos que precisam ser extraídos da natureza – extração essa que pode ser agressiva em certos habitats. Ganha-se de um lado, perde-se parcialmente do outro.
Na carroceria há dois motores a bordo e as baterias, tornando os híbridos mais pesados e prejudicando o alcance final do veículo em percursos de longa distância.
Infelizmente, os carros da categoria em nosso país (ainda) são mais caros que as versões que rodam com combustíveis fósseis.
Ao final, caberá ao motorista colocar na balança os prós e contras da aquisição.
De um lado, a economia de combustível, principalmente para quem roda bastante na cidade, é um ponto forte. O preço de partida, entretanto, ainda é um grande obstáculo.
Híbridos usados
A compra de carros híbridos é um mercado com potencial de franca expansão nos próximos anos.
Na aquisição de um modelo do tipo, deve-se levar em consideração o histórico de revisões, além da disponibilidade e o preço das peças de reposição no varejo.
Sem dúvida, o principal detalhe é o nível de desgaste da bateria e a possível necessidade de compra de uma nova. Pegue como exemplo o Ford Fusion Hybrid, cujo componente ‘zero’ sai por R$ 40 mil, aproximadamente, sem contar a mão de obra.
Felizmente, há garantia de fábrica da montadora norte-americana, que cobre possíveis defeitos na bateria por 8 anos.
Para efeito de comparação, a bateria do Prius, o mais popular da categoria, sai por cerca de R$ 10,5 mil, também com garantia de oito anos oferecida pela Toyota.
A montadora japonesa estima que a bateria do seu carro híbrido dura cerca de 10 anos antes de perder a eficiência.
Manutenção de híbridos
Dado todos os prós e contras que mencionamos acima, se você decidiu pela compra de um híbrido, esteja atento a um último ponto: presença de mão de obra especializada na cidade ou região em que mora.
Isso porque, em vista da alta tensão do sistema, é preciso realizar procedimentos obrigatórios por segurança, como a chamada ‘desenergização do sistema’.
Além disso, considere que se alguma peça essencial do carro apresentar problema, você vai precisar de suporte – melhor ainda, se houver na sua cidade.
Neste site especializado você pode encontrar mais informações e novidades sobre os carros híbridos!